Itaú (ITUB4) é positivo mas as ações caem

Itaú (ITUB4) é positivo mas as ações caem

O Itaú (ITUB4) divulgou seus números na segunda-feira de manhã (9): no primeiro trimestre de 2022, os lucros recorrentes foram de R$ 7,36 bilhões, um aumento de 15% em relação ao ano passado.

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A inadimplência, medida pelos empréstimos vencidos há mais de 90 dias, atingiu 2,6% da carteira de empréstimos do Itaú Unibanco no final do primeiro trimestre deste ano. Este número representa um aumento de 0,3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período do ano passado e é 0,1 p.p. maior do que o número registrado no quarto trimestre de 2021.

No geral, os analistas de mercado disseram que os números do banco foram positivos apesar da sessão ser negativa para ativos em meio a um cenário de aversão ao risco global que viu o Ibovespa cair cerca de 1,8% ao final da manhã. Às 11h23 (horário do Brasil), os ativos do ITUB4 caíram 2,61% às 23h16.

Para o Morgan Stanley, o banco teve um bom desempenho e superou as expectativas de crescimento dos empréstimos. A equipe de pesquisa do banco também observou a melhoria das margens do banco no período e um controle de custos mais forte. E observa que, assim como Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4), o Itaú também se beneficiou de um aumento na taxa de juros base e de uma mudança na estrutura de seus empréstimos concessionais ao consumidor.

As provisões para créditos de cobrança duvidosa (mais conhecidas como PDD), por sua vez, aumentaram 2,5% em comparação com o 4T 2021 (4T21), atingindo R$ 7,0 bilhões, contribuindo para um aumento de 12% no custo do crédito durante o mesmo período. As despesas deste tipo foram significativamente maiores do que no 1T21, impulsionadas pela expansão da carteira de empréstimos e, consequentemente, pelo aumento da emissão de produtos de crédito ao consumidor sem garantias, bem como pela deterioração da situação macroeconômica do país, o que afeta diretamente a taxa de inadimplência e o endividamento da população.

O Levante também observou que o Itaú voltou a superar seus dois principais concorrentes, Bradesco e Santander. “O banco tem um mix de produtos saudável, proporcionando uma carteira saudável e de qualidade, as inadimplências estão em um nível silencioso, ainda mais baixo do que no período pré-pandêmico, e há um bom controle de custos, o que mais uma vez permitiu que seu retorno sobre o patrimônio aumentasse no período”, diz Levante.

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O Morgan Stanley também observa que o banco conseguiu reduzir suas despesas em 4% de uma metade para a outra, bem abaixo da inflação e do crescimento de suas receitas.

Outros pontos importantes foram a normalização das provisões para créditos de cobrança duvidosa (PDD) e empréstimos improdutivos (NPLs). “Acreditamos que a normalização para níveis pré-pandêmicos ocorreu devido ao grande volume de renegociações realizadas em 2020 e 2021. Além disso, acreditamos que o aumento do volume de empréstimos e uma mudança no perfil de empréstimo dos consumidores mais arriscados contribuíram para o aumento das provisões e dos empréstimos improdutivos”, disse o banco.

Quanto ao Bradesco BBI, o Itaú relatou um “trimestre decente” com resultados esperados. De acordo com os analistas, embora a margem do banco com os clientes fosse mais fraca do que os analistas do BBI esperavam, ela permaneceu em linha com a previsão de 2022, enquanto as reservas refletiam uma ligeira deterioração nos NPLs (empréstimos improdutivos).

“Enquanto isso, fortes resultados operacionais e de seguros mais do que compensam os resultados sazonalmente mais fracos da taxa por serviço. Acreditamos que a menor deterioração nos NPLs em comparação com os pares do setor privado poderia contribuir para uma percepção positiva do mercado e um desempenho potencialmente positivo”, disse Bradesco BBI. A recomendação do BBI para o Itaú é “superada”, com um preço-alvo de R$ 32, ou um aumento potencial de 35% a partir do fechamento da sexta-feira.

A Morgan Stanley afirmou uma classificação de “excesso de peso” para o ITUB ADR, “nosso banco de grande porte preferido na América Latina”, segundo a análise. O preço alvo é de US$ 7,20, 55% acima do preço de fechamento de sexta-feira.

Para o Credit Suisse, o lucro líquido estava de acordo com a previsão. Analistas do banco suíço observaram a melhor qualidade dos ativos do Itaú do que seus pares, com uma deterioração controlada dos padrões de inadimplência.

Apesar de ter superado ligeiramente as expectativas da Goldman Sachs (em 1%) de lucros recorrentes, a Goldman Sachs observou que o Itaú com ajuste de risco NII (receita líquida de juros) ficou 7% abaixo das previsões, com a empresa superando as previsões principalmente devido às despesas operacionais, seguros e menor alíquota de impostos. Os lucros antes dos impostos ficaram 2% abaixo das expectativas do banco e a taxa efetiva de impostos foi de 29% (de 35% no 4T21).

Os analistas da Goldman, entretanto, observam que o cliente NII Itaú cresceu 1%, graças à melhoria dos volumes, estrutura e margens de responsabilidade, parcialmente compensada por spreads mais fracos na América Latina. Goldman Sachs mantém uma recomendação neutra sobre o Itaú com um preço-alvo de R$28.

Do lado dos custos, o banco relatou um ligeiro aumento nas despesas sem juros de 2,9% ao ano, bem abaixo da inflação para o período e próximo da previsão mínima para o ano, que os analistas avaliaram como positiva. Entretanto, eles reiteraram a recomendação equivalente

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Cenário difícil, mas sustentável

Em uma entrevista coletiva nesta manhã, o CEO Milton Maluhi Filho enfatizou que apesar de um cenário difícil no início do ano, o desempenho do Itaú foi forte, refletindo a boa rentabilidade e a relação de eficiência recorde da empresa.

XP também a segue com uma recomendação equivalente a neutra para o banco, embora tenha notado seu resultado como ligeiramente positivo graças ao forte crescimento em sua carteira de empréstimos e margens financeiras.

“Em paralelo, o Itaú relatou um bom controle de custos, apesar de uma ligeira deterioração em seus índices de delinqüência e cobertura”, disseram os analistas. A taxa de cobertura (que representa a proporção em que a provisão para risco de crédito é capaz de cobrir empréstimos inadimplidos) caiu 9 pontos percentuais na comparação trimestral, para 232%.

“O desempenho estava de acordo com o plano e demonstra a consistência de nossos resultados, o que é muito importante para a continuação do desempenho sustentável”, enfatizou Milton Maluhi Filho.

Milton Maluhi Filho enfatizou que o banco mantém as perspectivas que publicou em fevereiro para o ano inteiro de 2022. Ele disse que após os resultados do primeiro trimestre de 22, as expectativas positivas para o ano permanecem e o banco tem “todas as condições para passar por 2022 com um balanço muito forte”.

“Continuamos acreditando que ela permanece válida durante os próximos nove meses. Todas as linhas refletem a geografia na qual acreditamos que os resultados podem ser alcançados durante o ano”, enfatiza o CEO.

Quanto aos atrasos, o CEO enfatizou que eles devem voltar gradualmente aos níveis pré-pandêmicos, com um ligeiro aumento nos próximos trimestres.

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